Alfredo Moser, mecânico, morador da cidade de Uberlândia-MG, em 2002 teve uma ideia que mudou sua vida e também a de milhares de pessoas ao redor do mundo. Durante aquele período, o Brasil passava por constantes apagões de energia elétrica nas residências, foi quando Afonso e alguns amigos se questionaram como fariam para atrair atenção em caso de emergência se não tivessem fósforos. Seu chefe sugeriu que utilizassem uma garrafa plástica cheia d’água para refletir a luz do sol no mato seco e assim provocar fogo. Daí se deu o inicio da ideia do que hoje se tornaria as lâmpadas de garrafa.
 
Com o conhecimento de que luz solar refletida em uma garrafa pet com água gera luminosidade, Alfredo Moser começou a testar a ideia da construção da lâmpada que é feita de maneira simples, basta encher uma garrafa pet transparente com água e duas colheres de cloro, para evitar a proliferação de algas, fazer um buraco no telhado com uma furadeira, onde a garrafa será encaixada e colada com resina e encapar a tampa da garrafa com fita isolante preta. A luminosidade gerada pelo experimento foi medida por um engenheiro que constatou que a mesma é variável de acordo com a intensidade do sol, ficando entre 40W e 60W.
 
A expansão do experimento inventado por Alfredo Moser iniciou-se quando ele começou a implantá-lo nas casas dos vizinhos e no supermercado do bairro. Desde o ano de 2011, Illac Ângelo Diaz, diretor executivo da instituição de caridade finlandesa MyShelter utiliza a lâmpada inventada pelo brasileiro nas casas construídas pela instituição. A MyShelter constrói moradias utilizando somente material reciclado, como pneus, papelão e agora as garrafas pets que já foram instaladas em cerca de 140 mil casas.
 
Hoje as lâmpadas feitas de garrafa já são utilizadas em 15 países ao redor do mundo, entre eles Bangladesh, Índia, Ilhas Fiji, Argentina e Tanzânia. Illac Ângelo Dias estima que até o ano de 2014, 1 milhão de pessoas já estejam sendo beneficiadas pelas lâmpadas de Moser.